Pesquisa e produção de conteúdos
Em 2011, parto para a Europa, buscando os caminhos que meu pai, Gastão Veloso de Melo, Veterano de Guerra, percorreu durante a II Guerra Mundial.
Antes da viagem à Europa, fui com meu pai ao local de seu nascimento, à igreja onde casou com minha mãe, ao quartel de Caruaru e de Jaboatão dos Guararapes, onde ele serviu ao Exército Brasileiro.
Fomos juntos, também, ao Forte de Tamandaré, onde ele participou do patrulhamento do litoral nordestino – sua última tarefa antes de partir para a Itália, na Força Expedicionária Brasileira – FEB.
Essa foi a primeira vez que ele viu o forte desde o final da guerra!
O Brasil enviou 25.000 homens que participaram da força aliada que derrotou o nazi-fascismo na Europa.
Depois de mais algumas pesquisas feitas no Brasil, e em locais onde meu pai esteve, viajo de avião até Nápoles, e dali até o Porto de Livorno, no norte da Itália, de navio, refazendo o caminho, pelo Mar Mediterrâneo, onde meu pai passou durante a guerra…
Ele foi de barcaça, agora viajo em navio moderno e confortável.
Essa viagem de buscas me levou aos locais onde ele ficou acampado, e às áreas do ‘teatro de operações de guerra’ do Brasil, na Itália.
O Italiano, filho de pai Brasileiro e mãe italiana, Mário Pereira, responsável pelo Monumento Votivo Militar Brasileiro, em Pistóia, apoiou de forma consistente este projeto.
No projeto faço conexão com a história de Anne Frank, e viajo até a Polônia – Varsóvia e Cracóvia – onde visito, entre outros lugares, a fábrica de Oskar Schindler, os campos de concentração, da Alemanha, na Polônia – Auschwitz e Birkenau – e realizo uma caminhada em
Rotterdam, sobre as luminárias que indicam onde caíram as bombas nazistas que dizimaram a população da cidade durante a guerra.
Vou, também, a Amsterdam, onde entrego uma carta para Anne Frank, no Museu Casa de Anne Frank.
Essa carta foi por mim escrita no percurso que fiz, de trem, da Polônia até a Holanda – o caminho que Anne tanto desejou realizar quando esteve presa nos campos de concentração nazistas.
Alguns momentos desse caminhar:
Quadro ao projeto, na minha parede:
Eu com meu pai, na casa onde ele nasceu e no Forte de tamandaré:
Eu no Monumento aos pracinhas, no Rio de Janeiro. Foto de Januário Garcia:
Portos de Nápoles e de Livorno, na Itália:
Árvore veterana em Stafoli – área do acampamento da FEB, na Itália:
Mini-projeto 467
O ‘467’ faz parte das pesquisas, vivencias e construção de conteúdos, do Projeto Redescobrindo a Jornada de Meu Pai, e tem interação com o ‘Manifesto das Flores’, do artista plástico Severino Iabá.
Na Itália, morreram durante a II Guerra Mundial, 467 soldados brasileiros.
Construí 467 flores brancas de papel crepom, cada uma com um dos nomes dos soldados brasileiros mortos.
Essas florse foram fincadas na grama do Monumento Votivo Militar Brasileiro, formando a palavra ‘paz’.
No mesmo dia, foi feita a palavra paz, com mosaico humano, de residentes de Pistóia.
Esse dia teve a participação especial do apoio de Mário Pereira, que não somente convocou pessoas como dirigiu um caminhão-guindaste, em cima do qual fizemos as fotografias.
Registro do projeto:
Reprodução parcial do jornal La Nazione:
Rota da viagem entre a Polônia e Holanda:
Carta a Anne Frank:
(O vídeo tem fundo musical de Antonio Vivaldi)
Disponível em:
Entrega da carta e de flores para Anne Frank, recebidas pela direção do museu, em Amsterdam, no Museu Casa de Anne Frank:
Representação da primavera de 1945:
Dois momentos de força física e determinação – a minha subida ao Monte Prano, na Itália. Primeira filha de veterano da FEB a subir o monte, e na caminhada no mapa do bombardeio, em Rotterdam, na Holanda:
Meu caminhar em Roterdam, cidade totalmente bombardeada pelos Nazistas.
Em cada lugar onde as bombas caíram existe uma marca de fogo, que acende durante a noite.
Durante um dia inteiro fiz a caminhada com um mapa nas mãos.
Link do blog do projeto:
http://jornadademeupai.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html
Galeria de imagens do projeto, disponível em:
http://elianevelozo.com/redescobrindo-a-jornada-de-meu-pai-5/