Do amor impossível

 

 

Ele – Até breve.

Ela – até qualquer dia. Aqui ou do outro lado do mundo.

E se deram beijos e abraços.

Ela partiu, ele ficou ali, imóvel, mudo…

 

Entre histórias de nuvens, avisos de luas cheias e falas carinhosas, eles esperaram pelo “feliz dia do reencontro”, marcado sem data no calendário.

 

Certo dia, varada de  saudade inconsolável, ela lhe passa vários e.mails. Nenhuma resposta…

Temendo não mais o ver, ela escreve ao amigo comum: “Não consigo me comunicar… acha pra mim?”

A resposta veio direta, fria, dura, fazendo-a descobrir que o feliz dia do reencontro, nessa vida, nunca mais aconteceria.

 

Os diálogos haviam ficado longe no tempo. Longe não pela distância no próprio tempo, mas pela lonjura intransponível criada por esse tempo.

 

 

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A ela resta a felicidade de saber que agora ele pode estar sempre ao seu lado, e que nada mais os separa.

A ele não podemos saber o que resta.