Declaração da artista sobre o projeto ‘Sonho Branco’

 

 

 

 

No projeto “Sonho Branco” faço uma viagem da ancestralidade ao futuro próximo, este que vivo a cada momento, e que ao realizá-lo já se tornou passado.

 

 

Parto da esperança do artista de levar cada vez mais longe os seus pensamentos e atitudes através de sua arte.

 

 

Busco a história da ancestralidade, na observação do nosso planta e alguns de seus componentes com os quais mais me identifico: a Mãe Terra, meu ancestral mais conhecido,  querido e “idoso”; A Mãe Água, que está 70% de mim; E as matas, que no trabalho represento através da peça “ossário das matas”, que me equilibra na vida da metrópole, e me permite continuar respirando, além de me orientar como ser ecológico.

 

 

No percurso dessa viagem eu homenageio a família de onde vim, o meu avô que foi um pequeno plantador de algodão no nordeste do Brasil e trato o algodão em sí mesmo como “ouro branco”, esse ouro que através dos tempos aqueceu e deu de comer para tantos seres humanos.

 

 

Busco as zonas de contato que tenho hoje com o ancestral, o atual e o futuro, através do território da memória, colocando as experiências pessoais (locais) como estrada, caminho, via, para o global.

 

 

A beleza das imagens do algodão me colocam perante a história, a claridade/clareza,  o escuro/obscuridade, a perplexidade do ser em busca do belo. E com a necessidade de paz em um planeta tão conturbado.

 

 

Penso a história e a cultura como margens, horizontes de minha expressão artística, e a tragetória contínua, sendo esse algodão tão somente um pretexto para minha viagem.

 

 

Eliane Velozo

 

 

SBMG04NA06- com margem